Indução e Falseabilidade - Filosofia da Ciência


Fabio 10 Jun 2020 ciências filosofia e ciências

A hipótese desempenha um papel fundamental na ciência, sendo uma proposição ainda sem valor conhecido, aguardando evidências adicionais para determinar sua veracidade ou falsidade. O processo de formular hipóteses muitas vezes envolve o raciocínio indutivo, onde a observação de casos particulares leva à proposição de uma afirmação geral. No entanto, a validade dessas hipóteses depende da verificação cuidadosa por meio de testes e evidências.

Enquanto o senso comum muitas vezes aceita hipóteses sem questionamento, o método científico exige rigor. As hipóteses devem ser testadas e verificadas de maneira exaustiva. A origem duvidosa de uma hipótese é desconsiderada no método científico, algo que o senso comum muitas vezes negligencia.

O rigor do método científico inclui não apenas a verificação da hipótese, mas também a documentação detalhada do processo de teste. Isso é essencial para garantir a transparência e a replicabilidade dos resultados. Um exemplo notável foi a hipótese sobre os efeitos prejudiciais do chumbo na gasolina1, onde a comunidade científica enfrentou resistência de grandes empresas, destacando a importância de uma abordagem meticulosa e documentada para validar as hipóteses.

A questão da validação de hipóteses levanta o Problema da Demarcação, questionando como determinar o que é considerado ciência. Karl Popper propôs que uma característica crucial da ciência é a falsificabilidade - a capacidade de uma hipótese ser refutada. Se uma hipótese não pode ser falseada de alguma forma, ela não pode ser considerada científica. As ciências sociais são frequentemente criticadas por essa razão, pois algumas alegam que falta um método claro para rejeitar suas bases e hipóteses.

Em resumo, a ciência exige rigor na formulação e verificação de hipóteses, com ênfase na falsificabilidade como critério distintivo. O método científico busca garantir que as afirmações sejam testadas de maneira objetiva e transparente, contribuindo para o avanço do conhecimento científico.

  1. Barrett, G. (2022, April 22). The man who accidentally killed the most people in history —. Veritasium. Verisatium